E N R E D O
ZÉ
KETI
G.R.B.C. GRÊMIO RECREATIVO BLOCO
CARNAVALESCO ESPERANÇA DE NOVA CAMPINA
Fundado em 09 de Março de 1997 – Reg. 2º Ofício de Justça de
Duque de Caxias nº 0009995 –CNPJ.: 01.797,978/0001-99. Sede Provisória: Rua
Sete , nº 487 – casa 01 – área 1 – Nova campina – Duque de Caxias – Rio de
Janeiro.
BIOGRAFIA
Nascido em 16
de Setembro de 1921, embora tenha sido registrado em 06 de Outubro , no bairro
de Inhaúma, José Flores de Jesus ficou conhecido como Zé Keti. Em 1924 foi
morar em Bangu, na casa do avô, o flautista e pianista João Dionísio Santana,
que costumava promover reuniões musicais em sua casa, das quais participavam
nomes famosos da música popular
brasileira como Pixinguinha,
Cândido (Índio) das Neves, entre outros. Filho de Josué Vale da Cruz, um
marinheiro que tocava cavaquinho, cresceu ouvindo as cantorias do avô e do pai.
Após a morte do avô, em 1928, mudou-se para a Rua Dona Clara. Cantou o samba,
as favelas, a malandragem e seus amores.
Ele começou a
atuar na década de 1940, na ala dos compositores da Escola de Samba
Portela. Entre 1940 e 1943, compôs sua primeira marcha carnavalesca: “Se
o feio doesse”. Em 1946, “Tio Sam
no Samba” foi o primeiro samba de sua autoria gravado (pelo Grupo Vocalistas
Tropicais). Em 1951, obteve seu primeiro grande sucesso com o samba “Amor
Passageiro”, parceria com Jorge Abdala, gravado pór Linda Batista na RCA. No
mesmo ano, seu samba “Amar é Bom”, parceria com Jorge Abdala foi gravado na
Todamérica pelos Garotos da Lua.
Em 1955,
sua carreira começou a deslanchar quando seu samba “A Voz do Morro”, gravada pó
Jorge Goulart e com arranjo de Radamés Gnattali, fez enorme
sucesso na trilha do filme “Rio 40 Graus”, de Nelson Pereira dos Santos.
Neste filme, trabalhou também como
segundo assistente de câmera e ator. Outro sucesso nos anos cinqüenta,
foi “Leviana”, que também foi incluído no filme “Rio 40 Graus” (1955),
de Nelson Pereira dos Santos,
diretor com o qual trabalhou também no filme “Rio Zona Norte” (1957).
Dono de um
temperamento tímido, seu pseudônimo veio do apelido de infância “Zé Quieto”
ou “Zé Quietinho”. No ano de 1962 idealizou o conjunto A
Voz do Morro, do qual participou e que ainda contava com Elton Medeiros,
Paulinho da Viola, Anescarzinho do Salgueiro, Jair do Cavaquinho, José
da Cruz, Oscar Bigode e Nelson Sargento. O grupo Lançou três discos.
Em 1964,
participou do espetáculo “Opinião”, ao lado de João do Vale e Nara
Leão, que o levou ao concerto que tornou conhecidas algumas de suas
composições, como “Opinião” e “Diz que Fui por aí” (esta em parceria com
Hortêncio Rocha). No ano seguinte, lançou “Acender as Velas” , considerada uma de suas melhores
composições. Esta música inclui-se entre as músicas de protesto da fase
posterior a 1964; a letra deste samba possui um impacto forte, criado pelo
relato dramático do dia-a-dia da favela. Nara Leão, Elis Regina fizeram um
enorme Sucesso com a gravação desta música.
G.R.B.C. GRÊMIO RECREATIVO BLOCO
CARNAVALESCO
ESPERANÇA DE NOVA CAMPINA
Fundado em 09 de
Março de 1997 – Reg. 2º Ofício de Justça de Duque de Caxias nº 0009995 –CNPJ.:
01.797,978/0001-99. Sede Provisória: Rua Sete , nº 487 – casa 01 – área 1 –
Nova campina – Duque de Caxias – Rio de Janeiro.
Também em 1964,
gravou pelo selo Rozemblit um compacto simples que tinha a música
“Nega Dina”. Nessa mesma época , recebeu
o troféu Euterpe como o melhor compositor carioca e, juntamente com Nelson
Cavaquinho, o troféu O Guarany, como melhor compositor brasileiro. Com Hildebrando
Matos, compôs em 1967 a marcha-rancho “Máscara Negra”, outro grande
sucesso, gravada por ele mesmo e também,
por Dalva de Oliveira, foi a música vencedora do carnaval, tirando o 1º lugar
no 1º Concurso de Músicas para o Carnaval, criado naquele ano pelo Conselho
Superior de MPB do Museu da Imagem e do Som e fazendo grande sucesso nacional.
Nos anos seguintes,
viveu um período de esquecimento na música do Brasil. Durante a década
de 1980, Zé Keti morou em São Paulo. Em 1987, no início de Julho,
teve o primeiro derrame cerebral.
Em 1995, década seguinte, voltou a morar no
Rio com uma das filhas. Continuou compondo,
cantando e lançou um disco.
Em 1996, lançou o CD “75 Anos de Samba”, com a
participação de Zeca Pagodinho, Monarco, Wilson Moreira e Cristina Buarque.
Este CD foi produzido por Henrique Cazes, com quatro músicas inéditas e vários
sucessos antigos. Nesse mesmo ano, subiu ao palco com Marisa Monte e a Velha
Guarda da Portela e interpretou com enorme sucesso alguns clássicos do
samba, como “A Voz do Morro” e “O Mundo é um Moinho”, de Cartola, entre outros.
Em 1997, recebeu da Portela um troféu em
reconhecimento pelo seu trabalho e
participou da gravação do disco da Casa da Mãe Joana. Em 1998 ganhou o Prêmio
Shell pelo conjunto de sua obra: mais de 200 músicas. Nesta noite foi
homenageado por muitos músicoa da Portela, entre eles, Paulinho da Viola, Elton
Medeiros, Monarco e a própria Velha Guarda, em show dirigido por Sérgio Cabral
e encenado, em noite única, no Canecão do RJ.
Em Janeiro de 1999, recebeu
a placa pelos 60 anos de carreira na roda de samba da Cobal do
Humaitá. Apresentou-se ao lado da Velha Guarda da Portela e teve várias
músicas regravadas.
Zé Keti morreu de
falência múltipla dos órgãos aos 78 anos em 1999.
CURIOSIDADES DE ZÉ KETI
·
Em 1964, ao lado de Nara Leão e João do Vale, Zé
Keti a presentou-se no show Opinião, um dos primeiros gritos artísticos de
protesto contra o regime militar. Neste show lançou os sucessos “O Favelado”,
“Nega Dina” e “Opinião. Este samba inspirou os nomes de um jornal, de um
teatro, do grupo que encenou a peça e do segundo elepê de Nara, lançado no
final de 1964.